Vou contar-vos como penso que seria o mundo se os animais falassem…
Era um dia bonito de primavera. Lá ia eu, para mais um dia de escola, com o meu cão ao lado. Íamos os dois para a escola, a conversar.
Quando chegámos è entrada, disse-lhe:
– Agora podes ir passear. Encontramo-nos logo às 3 horas, quando acabarem as aulas. Adeus.
-Adeus- respondeu-me ele, bocejando
E lá fui eu para as aulas muito tranquilo. O dia correu normalmente, por vezes um pouco monótono, dependendo das disciplinas. Por fim ouvi a campainha do fim da última aula. Tinha acabado. Tinha de ir ter com o Lucky ( era assim que se chamava o meu cão.)
Saí da sala de aula e dirigi-me ao portão, mas ele ainda não estava lá. Esperei, esperei, esperei e nada. Pensei cá para mim ”Onde será que ele se meteu? Costuma ser tão pontual!”
Fui à procura dele. Enquanto andava por aí, encontrei um amigo dele, o Jimmy. Era um cão grande, farrusco, mas muito bonzinho. Nunca metia medo a ninguém, e tinha muito cuidado quando havia crianças por perto.
-Viste o Lucky? – Perguntei-lhe eu.
-Vi-o há cerca de uma hora com uma cadela toda engraçada. Foi por ali. – E ele apontou-me o caminho.
-Obrigada, Jimmy.-Agradeci e fui no encalço do malandrão.
Fui por onde ele me indicou, a correr, e encontrei-o a passear com uma cadela Lassie, toda girinha.
-Lucky?-! Vem cá, gritei-lhe eu a plenos pulmões.
Ele veio com um ar muito cabisbaixo e disse-me:
– Desculpa não dei conta das horas passarem.
-Não faz mal … -desculpei-o.
-Vou só despedir-me da Minnie.-Pediu-me ele.
Ele foi, enquanto eu me encostei a uma árvore a jogar um pouco no telemóvel. Ele voltou e depois fomos para casa, como noutro dia qualquer.
É assim que penso que seria, se os animais falassem: uma vida alegre e cheia de surpresas.
Gonçalo Gonçalves, 5.º ano, 11 anos
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